No
entanto, foi somente em 1803 que o cientista inglês John Dalton, com base em
inúmeras experiências,
conseguiu
provar cientificamente a ideia de átomo. Surgiu então a teoria atómica
clássica da matéria. Segundo essa teoria, quando olhamos por exemplo, para
um grão de ferro, devemos imaginá-lo como sendo formado por um aglomerado de
um número enorme de átomos de ferro.
Com
o passar dos anos, novas observações e experiências levaram os cientistas a
pensar que a matéria poderia
conter
partículas carregadas electricamente. Citando algumas dessas descobertas:
electrização (sabe-se hoje em dia que é negativa) da ebonite por fricção com
lã, electrização (sabe-se hoje em dia que é negativa) do vidro por fricção
com um pano de seda, passagem da corrente eléctrica por algumas soluções e
outras não, descoberta da radioactividade (emissão de partículas alfa –
positivas).
Se
a matéria é electricamente neutra, os seus átomos são obrigatoriamente
neutros e a saída de partículas
eléctricas
só é possível se esses átomos sofrerem alguma divisão.
Logo, o átomo
é
divisível, ou seja, deve ser formado por partículas ainda menores e com
carga eléctrica.
Tentando explicar esses fenómenos, o
cientista Thomson propôs, em 1904, um novo modelo de átomo, formado por uma
"pasta" positiva "recheada" por electrões de carga negativa (por isso também
chamado “pudim de passas”), o que garantia a carga eléctrica neutra do
modelo atómico. Com isso, começava-se a admitir a divisibilidade do á tomo e
a reconhecer a natureza eléctrica da matéria.
Em
1911, o cientista Rutherford fez uma experiência muito importante, que veio
alterar e melhorar profundamente
a
visão do modelo atómico. Resumidamente, a experiência consistiu no seguinte:
um pedaço de metal que emitia partículas alfa (positivas) que atravessava um
lâmina finíssima de ouro. Rutherford observou que a maioria das partículas
alfa atravessa a lâmina de ouro como se fosse uma peneira; apenas algumas
partículas desviavam ou até mesmo retrocediam.
Rutherford viu-se obrigado a admitir que a lâmina de ouro não era
constituída por átomos maciços e justapostos,
como
pensaram Dalton e Thomson. Pelo contrário, a lâmina seria formada por
núcleos pequenos, densos e electricamente positivos, dispersos em grandes
espaços vazios.
Os
grande espaços vazios explicam por que é que a grande maioria das partículas
alfa não sofre desvios. Entretanto, lembrando que as partículas alfa são
positivas, é fácil entender que, no caso de uma partícula
alfa
passar próximo de um núcleo (também positivo), ela será fortemente desviada;
e no caso extremo de uma partícula alfa "bater" num núcleo, ela será
repelida para trás.
Surge,
porém,
uma pergunta: se o ouro apresenta núcleos positivos, como explicar o facto
de a lâmina de ouro ser electricamente neutra?
Rutherford imaginou então que ao redor do núcleo positivo estariam a girar
partículas muito menores (que não
atrapalham
a passagem das partículas alfa), com carga eléctrica negativa (para
contrabalançar a carga positiva do núcleo), e que foram denominadas
electrões. Em resumo, o átomo seria semelhante ao Sistema Solar: o núcleo
representaria o Sol e os electrões seriam os planetas, girando em órbitas
circulares e formando a chamada electrosfera (modelo atómico chamado, por
isso, de modelo planetário).
Curiosidade:
Hoje, sabemos que o tamanho do átomo é de 10.000 a 100.000 vezes maior que o
seu núcleo. Para efeito de comparação, podemos imaginar o núcleo atómico
como uma formiga no centro de um
estádio
como o Maracanã (dos maiores estádios do mundo, situado no Brasil).
Em
1913, o
cientista
Bohr reuniu algumas observações, experiências e teorias já existentes para
aprimorar a explicação do modelo atómico. Por que é que a luz branca forma o
arco-íris ao passar por urna nuvem ou por um prisma? Por que é que certos
elementos químicos, quando convenientemente aquecidos, emitem luz de uma só
cor, como acontece com as "lâmpadas de sódio" (luz amarela) existentes nas
estradas?
Para explicar esses fatos, Bohr propôs o seguinte: enquanto o electrão
estiver girando na mesma órbita, ele não emite nem absorve energia; ao
saltar de uma órbita para outra, o electrão emite ou absorve uma quantidade
bem definida de energia (denominada quantum de energia; Assim, ao transitar
de uma
órbita
mais externa para outra mais interna, o electrão emite um quantum de
energia, na forma de luz de cor bem definida ou outra radiação
electromagnética, como ultravioleta ou infravermelha.
Bohr propõe
então
um novo modelo atómico que considera órbitas electrónicas em volta do núcleo
e reconhece a existência de neutrões.
Nos
últimos 50 anos, as teorias sobre a estrutura atómica evoluíram bastante,
principalmente no que diz respeito à electrosfera. O Modelo de Órbitas
Electrónicas Circulares de Bohr foi substituído pelo modelo de orbitais,
que
fora “alimentado” pelo Princípio da Incerteza de Heisenberg.
Com
este princípio estabeleceu-se que não é possível calcular a posição e a
velocidade de um e1ectrão, num
mesmo
instante.
Devido à dificuldade de calcular a posição exacta de um electrão na
electrosfera, o cientista Schrödinger
calculou
a região onda haveria maior probabilidade de encontrar o electrão. Esta
região do
espaço
foi denominada orbital.
Hoje em
dia
já existem formas de caracterizar as orbitais e os electrões destas, sendo
esta a matérias que estamos a estudar no momento.
No entanto,
é necessário ter em conta que a ciência está sempre em constante evolução,
pelo que estamos a estudar isto agora mas daqui a uns anos pode ser
“mentira”, pois o modelo atómico é uma estrutura que está sempre em
constante evolução.
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